Garcez Ranha
29 de novembro de 2024
Quando se trata de ajudar crianças com autismo, uma das abordagens mais eficazes envolve o uso de jogos sensoriais.
Esses jogos são desenvolvidos para estimular os sentidos da criança e promover o desenvolvimento de habilidades essenciais, como a coordenação motora, a comunicação e a integração sensorial.
Mas, com tantas opções disponíveis no mercado, como escolher o melhor jogo sensorial para a criança autista?
Neste artigo, vamos explorar diferentes tipos de jogos sensoriais e como eles podem beneficiar o desenvolvimento de crianças com autismo.
Jogos sensoriais são atividades criadas para estimular os cinco sentidos – visão, audição, tato, olfato e paladar – de forma lúdica e interativa. No caso das crianças com autismo, esses jogos desempenham um papel fundamental no processo de integração sensorial. Muitas crianças autistas têm dificuldades em processar informações sensoriais, o que pode levar a reações intensas a estímulos como luzes fortes, sons altos ou texturas incomodativas. Jogos sensoriais ajudam a criança a se familiarizar com esses estímulos de maneira controlada e divertida.
Os jogos sensoriais não apenas estimulam os sentidos, mas também promovem a interação social, o desenvolvimento cognitivo e a melhoria das habilidades motoras. Além disso, eles podem ser personalizados para atender às necessidades específicas de cada criança que precisa de tratamento para autismo no RJ, criando uma experiência de aprendizagem única e eficaz.
Existem vários tipos de jogos sensoriais, e cada um deles pode ser vantajoso dependendo da necessidade da criança. Alguns jogos são mais focados em estimulação tátil, enquanto outros podem ser projetados para melhorar a percepção auditiva ou visual.
Esses jogos envolvem texturas e materiais que as crianças podem tocar e explorar. Produtos como bolas de borracha, tecidos de diferentes texturas ou massinhas de modelar são excelentes para estimular o tato da criança. Eles ajudam a criança a se acostumar com diferentes texturas e podem melhorar a sua habilidade de lidar com estímulos táteis no dia a dia.
Estímulos visuais também são importantes no desenvolvimento sensorial. Jogos que envolvem luzes, cores e formas podem ajudar as crianças a melhorar a percepção visual e a focar a atenção. Brinquedos como lâmpadas de cores que mudam ou brinquedos que emitem luzes piscantes são eficazes nesse sentido.
Para as crianças autistas que apresentam dificuldades com a audição ou com a resposta a sons, jogos auditivos são essenciais. Instrumentos musicais simples, como tamborins ou xilofones, podem ajudar a criança a se acostumar com sons variados e a desenvolver suas habilidades auditivas.
Agora que sabemos o que são jogos sensoriais e quais são os tipos mais comuns, como escolher o melhor jogo para uma criança autista? A chave aqui é a personalização e a observação cuidadosa das necessidades da criança.
Antes de tudo, é importante observar quais são os sentidos mais sensíveis ou subdesenvolvidos da criança. Se ela tem uma forte aversão a certos estímulos, como sons altos ou luzes brilhantes, é crucial começar com jogos mais suaves e gradualmente aumentar a intensidade do estímulo. Se a criança tem dificuldades com o tato, por exemplo, procure brinquedos que ofereçam texturas suaves e agradáveis, como pelúcias ou almofadas de diferentes materiais.
Além disso, escolha jogos que incentivem a interação e que ajudem a criança a se concentrar e a desenvolver suas habilidades motoras. Jogos que envolvem pegar, apertar, girar ou mover partes de um brinquedo são ótimos para melhorar a coordenação motora fina.
Embora os jogos sensoriais sejam extremamente benéficos, é importante lembrar que a supervisão de um adulto é essencial durante a atividade. As crianças autistas podem ter reações imprevisíveis a certos estímulos sensoriais, e um jogo que inicialmente parece inofensivo pode acabar causando desconforto ou até ansiedade.
Sempre observe as reações da criança durante o jogo. Se ela começar a demonstrar sinais de sobrecarga sensorial, como se cobrir as orelhas, se afastar do jogo ou ficar agitada, é hora de diminuir a intensidade dos estímulos ou dar uma pausa. A ideia é proporcionar uma experiência positiva e tranquila que permita à criança explorar o jogo sem sentir-se sobrecarregada.
Uma alternativa aos jogos sensoriais comerciais é criar jogos sensoriais caseiros. Muitas vezes, os materiais necessários para criar atividades sensoriais podem ser encontrados em casa, como massas de modelar, garrafas com objetos dentro (que emitem sons), ou até mesmo bolsas com diferentes tipos de texturas.
Criar seus próprios jogos sensoriais tem várias vantagens. Além de ser uma atividade econômica, a personalização do jogo permite que ele seja ajustado especificamente às necessidades e interesses da criança. Por exemplo, você pode colocar objetos de diferentes tamanhos e texturas dentro de uma garrafa plástica e pedir à criança que tente adivinhar o que está dentro apenas pelo som.
Outro exemplo de jogo caseiro é utilizar pedaços de tecido com texturas variadas, como lã, seda e veludo, e pedir que a criança toque e identifique as diferentes sensações. Essas atividades ajudam a criança a se familiarizar com texturas diferentes de forma controlada e divertida.
Além de oferecer benefícios imediatos no desenvolvimento sensorial, os jogos sensoriais também têm um impacto a longo prazo. Com o tempo, esses jogos podem ajudar a melhorar a capacidade da criança de lidar com situações sociais e cotidianas que envolvem estímulos sensoriais. Eles podem aumentar a sua tolerância ao toque, ao som e à luz, e até ajudar na melhoria da comunicação e nas interações sociais.
Além disso, jogos sensoriais bem estruturados ajudam a criança a entender melhor seu próprio corpo e o ambiente ao seu redor, promovendo uma sensação de autoconfiança e autonomia. Isso é especialmente importante no caso de crianças autistas, que podem ter dificuldades em processar o mundo de maneira típica.
Escolher o melhor jogo sensorial para uma criança autista depende das suas necessidades individuais e do tipo de estímulo sensorial que ela precisa.
O importante é observar a criança e adaptar as atividades de acordo com seu nível de conforto e interesse. Lembre-se de que os jogos sensoriais devem ser uma experiência prazerosa e não uma fonte de frustração ou estresse.
Com o tempo e paciência, os jogos sensoriais se tornarão ferramentas poderosas para ajudar a criança autista a se desenvolver de maneira saudável e equilibrada.
Caso precise de ajuda, conheça o Espaço Desenvolver, clínica especializada em autismo, se preferir entre em contato conosco.
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